Bancos nos bancos


Porque esqueci de pagar uma conta no vencimento, durante a hora do almoço, fui "obrigado" a ir a uma agência de um grande banco privado, próxima ao meu trabalho. Bati com a cara na porta, pois a agência estava "sem sistema". Por "sorte", havia outra agência do mesmo banco bem próxima da primeira. Só que, quando cruzei a porta, vi uma fila quilométrica. Voltei atrás - preferi pagar a conta no dia seguinte, com mais juros e multa, a enfrentar a "bicha" (como dizem nossos irmãos lusitanos).

Tudo bem que muita gente hoje já nem passa na frente de porta de banco. Faz suas transações bancárias pela Internet, ou mesmo, quando isso é possível, pelo caixa eletrônico. Mas tem situações em que não dá para não ir ao banco, como a minha acima. E a existência - ainda, em 2010 e em plena era da informática - de filas quilométricas indica que o "povão", ou seja, nós, somos ainda muito dependentes da pessoa atrás do balcão.

Volta e meia escutamos da existência de uma lei ou outra (municipal?), aqui ou acolá, do tipo que prevê que o cliente não pode ficar mais que 15 minutos na fila, sob pena de multas para a instituição financeira. Essas leis pertencem à classe daquelas que "não pegam" no Brasil. Não tem gente para fiscalizar.

É verdade que alguns poucos bancos já tiveram o bom senso e consideração para com os seus clientes, em especial idosos e pessoas acometidas por qualquer problema físico, de substituir as filas quilométricas por poltronas. Muito melhor ficar 40, 50 minutos esperando sentado para ser atendido do que de pé.

Só que, ao que me consta, não há lei alguma a obrigar o banco a fornecer banco, parecendo mais, para aqueles que fazem isso, uma "cortesia" ao cliente. Se não há, deveria haver essa lei. E federal, valendo para o país todo. Com certeza teria muito mais chance de "pegar" do que a tal dos 15 minutos: muito mais fácil de constatar se o banco forneceu banco que medir o tempo de fila de cada infeliz que entra em cada agência bancária local.       

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