Lula e a liberdade de expressão

A incontinência verbal do presidente continua solta.
A última "pérola" foi defender com unhas e dentes o fundador do site WikiLeaks, acusado pelo governo americano de divulgar dados sigilosos que os EUA consideram importantes para a sua segurança.
Disse Lula:
"O que eu estranho é que o rapaz que estava desembaraçando a diplomacia americana (...) foi preso e não estou vendo nenhum protesto contra (pela)  a liberdade de expressão".
(Julian Assange, fundador do WikiLeaks, foi preso por outro motivo: acusação de estupro)
Ainda, asseverou o presidente:
"Em vez de culpar quem divulgou (os dados sigilosos), culpe quem escreveu a bobagem, porque senão não teria o escândalo que tem".
Tem-se, portanto, que pela lógica lulista, quem divulga dados sigilosos não comete crime algum; criminoso é o responsável pelo conteúdo do que foi divulgado - conteúdo esse por Lula, no caso do WikiLeaks, tachado de "bobagem". Mais: impedir divulgação de dado sigiloso é cercear a liberdade de expressão.
Apesar de sempre errada, a visão de Lula sobre liberdade de expressão parece mudar conforme o momento e a conveniência: recorde-se que outro dia mesmo, no calor da campanha presidencial, ele atacou a imprensa por exercer seu papel de noticiar - mais - um escândalo do seu governo, o da quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato adversário. Neste caso, diferentemente do WikiLeaks, a "vítima" era o responsável pelo "conteúdo" e, o "culpado", o "órgão divulgador".
Faltam ainda longos poucos dias para Lula desocupar o Planalto...

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