Companhia Aérea Cretina

De tanto ter sido obrigado a viajar de avião nos últimos tempos, cheguei a uma conclusão: os passageiros que têm medo de voar sofrem (mais) durante o vôo (principalmente os curtos) porque, simplesmente, não há o que fazer além de ficar "plantado" na poltrona rezando, esperar a "gororoba" (e ponha gororoba nisso) ser servida ou ir ao banheiro (se der “tempo” da pessoa ir, S.E.Q.V.M.E).

Realmente, principalmente nos vôos regionais, as companhias aéreas não oferecem nada em seus "serviços" (nem um filmezinho ou um radinho) que possam amenizar o sofrimento dos medrosos durante o vôo. A desculpa pode ser que isso encareceria o "serviço", e que ninguém pagaria o dobro do preço na companhia "X" para voar 40 minutos só porque ela oferece um canal de música, e a companhia "Y" não. Só que...e os medrosos? Dane-se eles!

Sendo assim, já que esse Governo arrecada bilhões de reais em impostos por ano, gasta mal o dinheiro etc, já que ele se diz um Governo "do social", e já que não inventaram ainda a porcaria do teletransporte, proponho que, a exemplo da PETROBRAS, da Vale etc, seja criada uma nova companhia aérea estatal, principalmente para atender a essa enorme parcela de infelizes medrosos, que correspondem a cerca de 80% do total de passageiros de avião: a MEDAIR (MEDO + AIR).

Sua criação traria enormes vantagens para o consumidor: além de aumentar a concorrência - e portanto as opções para voar - a passagem seria mais barata, pois parte dela (por exemplo, 50%) seria subsidiada pelo Governo, o que forçaria as companhias privadas a baixarem o preço.

Alguns serviços que poderiam ser oferecidos pela MEDAIR – “A companhia aérea para quem tem medo de voar”:

1. A idéia é fazer com que o passageiro "esqueça" que esteja em um avião, e isso do momento em que ele pisa lá dentro até o instante que saia. Assim, logo na entrada as aeromoças (vestidas de "rainhas da bateria" de escola de samba, em homenagem à cultura do País) e aeromoços (vestidos de “mestres-sala”) receberiam os passageiros com um bom sambão da gema (não confundir com pagode!) no último volume, fazendo festa e jogando confetes e serpentinas.

2. O sambão em alto volume continuaria durante a decolagem e o pouso, os momentos mais temidos dos passageiros. Nessas horas, ao invés de cair as máscaras de oxigênio, cairiam mais confetes e serpentinas.

3. Durante o vôo o passageiro teria várias opções de entretenimento – pois a idéia, lembrando, é fazer com que ele “esqueça” que esteja voando: DVDs individuais com várias opções de programas de curta duração (nos casos de vôos curtos) e filmes (vôos mais longos), MP3, videogame individual, uma cabine (pois o espaço é curto) com computador com internet (como é só um, haveria um “sorteio” no início do vôo entre os passageiros, e cada um teria o direito de usar por 5 minutos), além de jogos “ao vivo”, como bingos, “jogo do dicionário”, karaokê etc.

4. Nas horas de turbulência os “aeromoços” e “aeromoças” gritariam um “UH-HU” para animar a moçada.

5. Vasto cardápio com cozinha brasileira, à gosto do freguês.

Com serviços como esse, quem teria medo de voar?

Postada na Teorias Cretinas, em 30/11/2007







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