Lula: vá assar coelhos!



A reta final da campanha presidencial descambou para a baixaria - bem, qual delas não descamba?
Só que, não bastassem a verborragia e os escândalos usuais, chegou ao nível da agressão física direta a um dos pretendentes ao cargo maior da administração federal: Serra, em caminhada no Rio de Janeiro, foi atingido por um objeto sólido, apontado como um rolo de fita crepe, lançado por um militante simparizante da candidata oponente.
O SBT tinha registrado uma cena anterior da caminhada, em que uma bolinha de papel acertou a careca do tucano; a Globo, no Jornal Nacional, mostrou uma filmagem de celular feita por um repórter mostrando o tal objeto sólido atingindo Serra, uns 15 minutos depois da bolinha de papel.
Lula, cuja atividade preferida é a autopromoção (hoje substituída até o dia da eleição pela promoção de sua "pupila") e a exortação de pérolas e gafes em público, acusou Serra de mentir e de fazer teatro sobre o episódio.
A questão não é se foi bolinha de papel ou rolo de fita crepe, uma pedra ou um grampeador; a questão é que se tratou de uma agressão física, com o objetivo de machucar, ferir o candidato - o que minimiza a suposta "dramatização" do ato por Serra.
Mas muito mais grave que o papel ou a fita crepe lançados contra Serra foi a atitude de Lula diante do episódio: ao invés de ridicularizar a suposta banalidade da agressão sofrida pelo tucano, se fosse para comentar em público sobre o evento, Lula deveria então, no mínimo, ter repreendido os agressores e buscado apaziguar os ânimos para lá de exaltados de parte dos apoiadores da sua candidata.
O exemplo deveria começar por ele, que vive confundindo o exercício do cargo de presidente com o de cabo eleitoral.
Conseguindo ou não colocar Dilma lá, resta esperar se, a partir de 1º de janeiro de 2011, Lula vai cumprir o que prometeu há alguns anos: saindo da presidência, voltará para São Bernardo do Campo e se dedicará a fazer o seu "coelhinho assado".   

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